segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

NOS ARMÁRIOS DO ROCK GUARDO TODOS OS NOSSOS PERTENCES



Nos armários do Rock guardo todos os nossos pertences:
a mola, o prego e a cachaça, a lona, o lodo e as engrenagens
do somar subtrair

Meu amigo(a),
a transa do trem eu não te falei porque antes de ir ao teu encontro
comi toda aquela coleção de imagens,
saiba que nelas estávamos em completa nudez,
sempre jovens,
dispostos a derrubar o muro

Lembro-me de algo, de alguém vagando pela Palestina,
(mas nessa existência nunca lá estive)
para um poeta brasileiro estar na Palestina tocando guitarra
diante de jovens dançando sobre a linha divisória das nações...
é o Nirvana

Se morasse em Diamantina usava os fios da alfazema
para cozer a roupa que usaríamos naquele concerto
A música do festival das luzes da Índia subiram
conosco os montes,
Mariana e Jandira levaram os cestos dos amores

Um mundo pleno é desenhado por nós,
viventes debruçados nos beirais do Vesúvio
trançando com as contas do universo o colar e a pulseira

(edu planchêz)

Nenhum comentário: