sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Escrevo para o vazio



(para Theresa Brahm)


Escrevo para o vazio, para os que estão no oculto,
nesse mundo e nos mundos paralelos
Sei que raios e mais raios de intra e ultra mundos
atravessam-me agora e para sempre

Pouco ou nada vejo, pequena é minha compreensão,
o que realmente vejo?
Nada vejo e nada ver é ver tudo?
Vejo o dedo meu movimentar a mecânica dessa máquina
para gerar esses versos supostamente sem regras e sem Leis,
mas estou realmente vendo?

Você que esperava de mim versos românticos,
ficou a ver fragatas deslizando sobre as escunas salgadas...
mas ao mesmo tempo construo com as mãos das hemácias
caravelas e navios, naves passíveis de voos
e outros feitos

Eu me contento com um galhinho,
uma folha, uma balinha de hortelã,
feliz com o vento, meu país é meu ser

(edu planchêz)

Um comentário:

theresa brahm disse...

Se você fizer o que sempre fez, obterá o que sempre obteve...

Adoro surpresas... Adorei o poema... Não quero romance...
Quero lidar com desastres e mesmo assim entusiasmar-me. Thê.