quinta-feira, 7 de outubro de 2010
A VIDA
Só acordei agora soltando do olho que gira
os escambos do sono,
as pressões juvenís do peito que não mente,
os sonos cortados pelos silvos do telefone
Assim mesmo nos camparios de Virgílio e Dante
retiro forças para subir as retas e as curvas
por dentro das minhas próprias artérias
Saiba que o sono sonho que tive apertaram o que respiro,
meteram garras nas moléculas dos meus sentidos,
me deixaram aturdido distante da lua
e da simples garça
Lentamente vou me recompondo,
desdobrando os dedos e os ossos da coluna...
desarmando os aguilhões dos vermes
que pousaram nos meus rins e átrios
Eu tive sono e dormi a tarde inteira sem nexo,
sem amor ou tesouras
para decepar as cabeças
e os postes
Mas parte de mim não quer os agudos nem os graves,
não ficarei mendigando carinhos partidos,
meus princípios me impedem de praticar a injustiça,
o abandono dos que me foram fiéis
( edu planchêz)
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