terça-feira, 13 de abril de 2010

SOLTANDO OS NÓS




Soltando os nós:
Nó um
Nó dois
Nó três
Nó quatro

Libertando as lágrimas:
Lágrima um
Lágrima dois
Lágrima três
Lágrima quatro

Muito sono, dores nas costas,
noite essa que penso em tudo:
parar, morrer,
correr atrás do próprio rabo
até que o correr e o rabo sejam extintos

Detroçarei a rotina pondo os pés
nos quadrantes do sol das ruas,
nas letras dos nobres livros

Cansado de tanta bobagem, de tanta briga,
da caminhada, da idade,
dos parentes e não parentes...
cansado de mim

Vou falando para soltar os nós explicáveis
e não explicáveis,
para desembolar as vértebras e os pensamentos

Depressão é doença?
Depressão é falta de que?
Uns dirão: "de objetivo",
mas o que mais tenho são objetivos,
da forma que posso os ponho em prática

depois de conceber essas linhas
respiro melhor
Falar com o vazio é falar com a gravidade
mar de todos os planetas,
mar dos asteróides
e das minhas e das tuas estrelas imaginarias

As muitas estrelas que plasmamos
subiram para o espaço
ou mergulharam para sempre no humano

(edu planchêz)

2 comentários:

Juliana Porto disse...

Isso é ter sensibilidade, e isso, às vezes dói. Dói na alma, mas passa!

Melhoras, amigo!

Anônimo disse...

lindo..........