quinta-feira, 26 de março de 2009

ARRASTO CABEÇAS



Arrasto cabeças presas a uma corda
atada à cintura,
ao coração saltimbanco,
aos fios dos cabelos ancestrais

Arrasto crânios
pelas ruas de ruínas e belezas
Arrasto a sátira cabeça
agora que o sol é cabeça plantada
em minhas costas

Amarradas à corda estão as cabeças,
os crânios
armazem de ideias

Se corto a corda,
corto os laços,
as cabeças,
as tripas do verme

Piso nas cabeças espalhadas
pelos ladrilhos das crateras
escavadas no tapete

( edu planchêz)

2 comentários:

Bruno Sass disse...

deixei um MEME pra vc no meu blog, passa pegar ook?
http://brunosass.blogspot.com/

Dualismo em unidade desequilibrada disse...

maravilhosas poesias.
nesse surrealismo ora psicodélico-caleidoscópico, ora de cores frias e cruéis, de ciano, azul-marinho e negro, encontro inspiração e uma boa parte da minha realidade&ficção diárias.

continue com seu trabalho aqui, pois é muito bem visto, certamente.

Luz