terça-feira, 30 de dezembro de 2008

"SEJA MARGINAL, SEJA HERÓI"


Muitos devem se perguntar:
"de onde veio esse tal de Edu Planchêz"?
E as respostas que estavam no vento caêm aqui no papel:
Edu Planchêz há muito que perambula pelo reino marginal,
resistindo sob todas as borrascas intempéries.
Lina Bombardi plasmou: "seja marginal, seja herói",
isso é ficar à margem, é estar longe do lugar comum,
do piégas, da moda inultil
utíl aos utilitários da especulação.
A verídica arte não tem preço, se é ouro,
de uma hora para a outra será descoberta,
e é óbvio que a pessoa agente dessa arte precisa
sair para as ruas, ir de encontro a cena,
ao público e aos encenadores.
Distantes vão os meio-dias que esse poeta
desistindo de um posto de funcionário
público da Aeronáutica ganhou de assalto
as praças desse país para bradar a nova voz,
munido de penduricalhos e revôltas palavras.
Com desejos de morte, com desejos de vida,
seguiu esfolando o corpo e o cérebro.
Em nome da nova voz fez amigos e inimigos,
bateu em tua porta pedindo comida e sexo,
evocou os bilhões de monstros ateus,
mordeu o nariz desse Deus dos buracos,
realizou milagres, sentou no colo dos demônios
e dos que nunca cantam.
Edu Planchêz mudou de nome
passou a se chamar Silattian,
plantou flores, arrancou flores,
viu cem mil bois caminhando pelos céus
sem precisar ir para o Arizona.
Pediu caronas à barqueiros fantamas,
esmolas aos vultos do nada,
mendigou amor com seu diário selvagem
debaixo do braço dizendo que possuía
um pau de fogo entre as pernas...

(edu planchêz)

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