segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PARA A PEQUENA GRANDE MARILZA MORRER NASCER



“É preciso que abramos clareiras no matagal que esconde o nosso passado”

O suco do milho roxo mexicano caminha
no éter das naves vistas por Ezequiel...
rabisca os céus de todo o continente...
circulando pelas espirais fantasmas...
para em minha caneca de ágata ser a bebida...
para nos tonéis das indagações provocar tragédias intransitivas...

“É preciso que abramos clareiras no matagal que esconde o nosso passado”

Fantasma Deus dos buracos,
eu te destroço decantando suas vísceras vazias
Eu sou a resposta
Abaixo venham todos os totens erguidos para nos subjugar
Ovelha aqui, é o meu lanche

“É preciso que abramos clareiras no matagal que esconde o nosso passado”

O espaço de um poema é minuto para revelar a dimensão estrondosa
das mentiras acatadas como verdades
Perguntar ao fígado quem inventou o conceito
de um ser onipresente que manipula os viventes:
metralhar esse assassino com chuvas histéricas

“É preciso que abramos clareiras no matagal que esconde o nosso passado”

Possuir nada mais que um bilhão e meio de grandiosos livros
entranhados no crânio
respeitando o vizinho e o “chamado selvagem”

(edu planchêz)

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