segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O OUTRO


Um outro poema, uma outra vida,
um diferente modo de tricotear uma manta.
Outras mãos, outras cuias expostas aos chuviscos

O homem que conhece a onça de seus pesadelos
não precisa de capas douradas
para receber os magnos amigos

Mesopotâmia Bahia na rota do poeta
namorado da relatividade

-Edu Planchêz,
“Você se parece muito com o meu amigo
jornalista Michael...”
-Sim, pareço, é relativo...

A vida relativa
do meu outro eu flutua noutra dimensão,
agora, é não ter o que dizer
porque quase tudo já foi dito

Um outro traje, uma diferente espécie,
a fêmea contemporânea solta os fartos
seios sobre as encostas,
essa cidade merece
Mereço rever “Henri e June”

A corrida pelas riquezas do ártico!
As andanças no vale dos reis!
Os marmelos tirados da tela do Mestre Amarelo!

Tal qual o chefe da “família Monstro”,
construirei um barco dentro de uma garrafa,
para que você a quebre e me tire de lá

(edu planchêz)

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