domingo, 7 de novembro de 2010

casa de urânio



Sou um monstro marinho florido por luas fragmentadas,
pianos negros,damas potentes,
por pinturas saídas das mortíferas veias de Dali

Do mar para a sala,
do infinito para as janelas da casa de urânio
que construo com as mãos e com as páginas dos livros
de Hermamm Hesse

Sem sono mergulho no sono dos que nunca acordam,
dos que acordam depois de vinte e dois dias,
dos que caem por querer na toca do coelho de Alice

Pode me chamar de arquiteto operário das imagens
triangulares que nos levam as profundezas da Terra,
ao canto mágico erigido pelo magma que aqui aportou
há bilhões anos luz de vela

Esse é o marinho monstro dos telejornais
que rondam as tvs da terra do nunca


(edu planchêz)

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